02 julho 2006

Coração que bate estranho

Jogo: Portugal x Inglaterra. Era certo de que minha torcida e vibração seriam de um único time: o de Portugal, claro. Além de estar atualmente morando aqui e de estar acompanhando essa seleção diariamente pela imprensa portuguesa (é até capaz de eu saber o nome de seus 11 titulares), também tenho uma grande simpatia pelo país. Claro, pois quem não tem? Somos países irmãos. Além disso, não há brasileiro nenhum que não torça pelo sucesso do estimado Luís Felipe Scolari.

Mas surpresa foi a minha ao começar a disputa pela segunda vaga da semi-final. Minha vibração, que inicialmente seria toda doada para o time português, rapidamente se converteu em uma série de pensamentos positivos em prol do time inglês. “Sentimento estranho”, pensei, logo no início do jogo. Mas meu coração me enganou. Logo nos primeiros minutos da competição, percebi para quem realmente eu torcia após uma rápida arrancada do time de David Beckham: era o da Inglaterra.

“Estranho se não fosse”, tranquilizei-me. Pois, afinal, qual foi o país que me acolheu e que adotei oficialmente como minha segunda casa?