05 agosto 2006

Paixão retratada

Lembro-me, como se fosse hoje, como tudo começou. E foi por acaso. Aquela geração de 1992 apenas me incentivou ainda mais a praticar o esporte. Não, mas não estou falando de futebol. Geração de 92? Sim, aquele time de vôlei que ganhou a primeira medalha olímpica brasileira em esportes coletivos. Uma geração vencedora de uns meninos que mal conheciam a palavra vitória e motivada por um capitão pra lá de orgulhoso de ser brasileiro.

Acabei jogando vôlei durante sete anos, todos vividos no auge da minha adolescência. Sim, e orgulho-me disso. Tinha metas, sonhos e objetivos. Queria ser jogadora de vôlei, jogar pela seleção e disputar uma Olimpíada. Eram sonhos, muitos sonhos que vivi intensamente. Treinava, suava, fazia questão de levantar uma bola perfeita pra minha companheira de equipe passar pelo bloqueio adversário e conseguir colocar a bola no chão.

Acompanhei histórias, perdi, venci e vivi momentos de glória. Dei autógrafos, cheguei até mesmo a tirar fotos com crianças que achavam que eu ficaria logo famosa. Fui tiete, sim, como toda garota da minha idade. Corria atrás dos jogadores, escrevia cartas, pegava autógrafos e sonhava em tirar foto ao lado deles. Consegui muitas e muitas vezes. Outras não.

Mas, então, naturalmente, um por um, fui tornando-me amiga deles. Cumprimentos, elogios, conversas antes e depois dos treinos. Tinha até um deles interessado na minha ingenuidade de menina. Porém, este desistiu logo.

Hoje tenho 25 anos, já não jogo mais vôlei, mudei meus planos e minha vida tomou outro rumo. Mas acompanho a nossa seleção brasileira masculina de vôlei há 14 anos. Assisto jogos, vou às partidas, comemoro cada vitória como se eu mesma estivesse ali dentro de quadra. E sofro, também sofro com a derrota. Emoções e sentimentos, para mim, andam de mãos dadas.

Uma paixão que ainda não acaba por aqui. A seleção muda, se renova e ganha novos jogadores e capitães. Mas sempre acompanharei nossa seleção de sucesso, como sempre fiz, desde menina.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Oi Mariana,
Cara fiquei ate emocionada... como voce consegue passar toda sua emocao com as palavras... parabens, voce escolheu a profissao certa!!!
Se fosse eu ja estaria morrendo de fome..pois nao sei escrever direito..hahahah
beijos
Daniela Bermudez Garcia

9:52 PM  

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